Conferência de estocolmo 1972
As pessoas agem no mundo através de seu corpo, mais especificamente através do movimento. É o movimento corporal que possibilita às pessoas se comunicarem, trabalharem, aprenderem, sentirem o mundo e serem sentidos. A dança e a sociedade estão sempre imbricadas. Não há como falar da dança sem percorrer a grandeza de sua trajetória ao longo dos anos, nem deixar de falar do homem, da sua corporeidade e necessidades.
Buscar uma prática pedagógica através da dança mais coerente consiste em possibilitar ao indivíduo expressar-se criativamente, sem exclusões, tornando esta linguagem corporal transformadora e não reprodutora.
A dança então pode ser uma ferramenta preciosa para o indivíduo lidar com suas necessidades, desejos, expectativas e também servir como instrumento para seu desenvolvimento individual e social. Ao ingressar na escola a criança traz consigo um conhecimento amplo a respeito de seu corpo, mas que muitas vezes não foi despertado. A criança nasce, desenvolve-se e cresce, vivenciando experiências através do próprio corpo. Este é o meio de ação para explorar e conhecer o espaço em que vive, interagindo com as pessoas que a cercam. Em todas as fases, observa-se a importância do corpo como forma de expressar emoções. Não é possível ouvir uma música sem que seu corpo a traduza em movimentos. Antes de o homem falar, ele dançou. Foi por meio do movimento que ele comunicou com os seus e com a natureza. A dança ligada à música foi a primeira manifestação humana. Através das atividades de dança, a criança evolui quanto ao seu domínio corporal, desenvolve e aprimora suas possibilidades de movimentação, descobre novos espaços, novas formas, supera suas limitações e condições para enfrentar novos desafios. A dança na escola, e/ou associada à Educação Física, deverá ter um papel fundamental enquanto atividade pedagógica e despertar no aluno uma relação concreta sujeito-mundo. A Dança-Educação é um referencial para as questões que permeiam a