Babel
A temática do filme discorre sobre relações de causa e efeito, ação e reação, percorrendo quatro “cantos” do nosso Planeta. As causas e efeitos, por sua vez, estão permeados de ingenuidade, preconceitos, estupidez e ignorância, conceitos inter-relacionados e complementares, que resultam em falhas de comunicação e efeitos colaterais desastrosos advindos destas.
Até onde somos capazes de prever um “efeito dominó”? Quais são todos os parâmetros e fatores envolvidos, e o que acontece quando filas de diferentes dominós em processo de queda colidem entre si?
Infelizmente poucos possuem intelecto e bom senso suficiente para prever com exatidão quando, e como, as peças cairão. Até onde sei, personagens como “V”, da bela obra de Alan Moore “V de Vingança”, continuam ficcionais e, mesmo este, em cena da adaptação cinematográfica da obra, ficou intrigado com uma única peça que não caíra de acordo com o planejado.
Alguns poucos visionários conseguiram prever, através do intelecto e da imaginação, para que rumos nosso modo de vida estava, e está nos levando, ou ainda, quais os outros rumos que poderíamos tomar. Dentre estes grandes homens cito o que mais admiro, Aldous Huxley. Porém, o mundo superpopuloso atual está cada vez mais escasso de homens e mulheres visionários, capazes de vencer os interesses políticos e financeiros do mundo inferior humano.
Não temos mais Gandhis, Tagores, Martin Luther Kings, Huxleys, Orwells, Asimovs, Dicks ou Wells. E mesmo que os tivéssemos, eles teriam maiores dificuldades em realizar previsões dentro do panorama atual extremamente poluído e desequilibrado, um monstro gigante difícil de se enxergar por completo. A vida em desequilíbrio,