baba
ELEMENTOS DEFINIDORES DO ESPAÇO RESIDENCIAL
A casa propicia as funções mais primordiais do homem: abrigo, proteção e preservação. Mas o nosso entendimento do morar, do habitar, é mais extenso do que simplesmente abrigar-se. Não moramos em todos os lugares da casa. Escolhemos um lugar para exercermos nossas funções cotidianas com tranquilidade, identidade e liberdade. O que define o espaço exterior com o interior de uma casa? O professor Leatherbarrow nos faz esse questionamento, difícil de se responder principalmente se tratando de determinados tipos de residências. Uma vez que determinadas paisagens integram com o ambiente não se pode reduzir a concepção de que os limites das casas são definidos por apenas paredes. No Japão, por exemplo, devido às variações climáticas (desde verões muito quentes a invernos rigorosos e furacões) as casas tem um projeto totalmente flexível, onde o espaço interno se abre para o exterior quando o tempo assim permite. Além do fato de que a paisagem e o clima terem total participação nos projetos arquitetônicos, fazendo com que o “visual” seja também um elemento integrante destes espaços, tornando o ambiente seja interno e externo ao mesmo tempo. Um ambiente é para ser entendido de acordo como ele é vivido. Embora na filosofia o espaço tenha sido um conceito simbólico, na arquitetura ela sempre tem sido descrito como algo palpável, definido através de divisores: as paredes. Logicamente são as paredes externas que dão aparência final a edificação, embora estas não devam limitar o nosso conceito de espaço arquitetônico. Como exemplificado anteriormente, vários outros elementos estão contribuindo para a nossa percepção espacial e para o resultado da obra arquitetônica. Merleu-Ponty diz “A percepção sinestésica é a regra e, se não percebemos isso, é porque o saber cientifico desloca a experiência e porque desaprendemos a ver, a ouvir e, em geral, a sentir.” Se sua definição é abrangente, uma investigação do espaço para