Ação humana
1- Por um lado, a nossa vontade livre não parece ter lugar no mundo dos fenómenos, que se rege por uma lógica própria – a das leis da Natureza. A esta forma de resolver o problema chamamos determinismo.
2- Por outro lado, parece evidente a inegabilidade da liberdade humana, uma vez que é comum a todos os seres humanos a experiência constante de poder escolher fazer isto ou aquilo, optar por este ou aquele caminho, decidir agir ou não, consoante as circunstâncias particulares de cada um
Determinismo
O determinismo surge com diferentes argumentos consoante o considerarmos do ponto de vista científico ou do ponto de vista filosófico
1 – O determinismo científico
Defende que todos os fenómenos ou acontecimentos podem ser explicados racionalmente de acordo com leis perfeitamente definidas. Desde que se conheçam os antecedentes, isto é, os acontecimentos passados, é possível prever os consequentes, ou seja, os acontecimentos futuros. O determinismo científico vê o ser humano como fenómeno integrante do Universo e apresenta duas formas diferentes para o explicar: enquanto animal, está dependente das suas características biológicas predeterminadas pelo seu património genético, isto é, está sujeito a um determinismo biológico; enquanto ser social, está submetido ao determinismo social, isto é, às pressões do meio, aos valores, hábitos, crenças, etc, que vai assimilando pelo processo de socialização.
O dilema de Hume coloca-nos num impasse entre:
Determinismo radical: afirma que não há compatibilidade entre o exercício da nossa liberdade e a lógica de funcionamento causalista a que necessária e naturalmente nos submetemos; e
Indeterminismo: afirma que todas as nossas ações são aleatórias, não se submetem a qualquer lógica de determinação e, por conseguinte, esta situação também não é compatível com o livre-arbítrio
2. O determinismo filosófico
Assume diferentes formas, podendo