açao humana
O termo ação é complexo e importa esclarecer qual o seu significado. Um dos problemas que podemos colocar relaciona-se com o facto de saber se tudo aquilo que fazemos pode ser chamada de ação.
A resposta a este problema é que nem tudo o que fazemos é uma ação humana. Dormir, respirar, suar, sonhar, etc., não constitui uma ação porque é algo feito de modo involuntário e inconsciente. Ou seja, a acção humana implica a vontade e a consciência e só devemos chamar ação àquilo que fazemos conscientemente e que envolve uma intenção e uma finalidade.
A análise dos atos humanos, na medida em que se adequam conscientemente e voluntariamente aos fins próprios do homem enquanto homem, leva-nos a fazer uma distinção entre atos humanos (conscientes) e atos do homem (por exemplo, piscar os olhos devido à luminosidade). «(...) Quando uma pessoa tem a intenção de realizar uma ação, ela quer que certos movimentos corporais intencionais se produzam, e quando esses movimentos se produzem, ela agiu intencionalmente: dirige esses movimentos de tal ou de tal maneira (portanto, age) orientando-se segundo a sua intenção de fazer tal ou tal coisa e realizando-a (portanto, agiu intencionalmente). (...) A ação é, pois, um movimento intencional, um comportamento dirigido e controlado pelo agente. (...) Um comportamento é finalizado quando é susceptível de receber ajustamentos que neutralizam os efeitos de forças que, de outro modo, interfeririam com ele».
H. G. Frankfurt, The Problem of Action
Como se depreende do texto, merecem o nome de ações os movimentos que são controlados pela pessoa, os movimentos intencionais com que a pessoa pretende atingir uma qualquer finalidade ou realizar um determinado projecto.
Por atos do homem entende tudo o que o homem faz enquanto é um ser natural, atos que são comuns ao homem e ao animal.
Por ações ou atos humanos entende os que são protagonizados pelo homem enquanto ser racional e sujeito da ação, isto é, acções: