axe
Lançada no Brasil em 1985, com sua inconfundível embalagem preta, foi responsável pela introdução de um conceito inusitado no mercado: o de desodorante-colônia. Acompanhe aqui essa curiosa história.
Vaidade masculina
A luta pela liberação feminina marcou as gerações dos anos 60 e 70, que ergueram bandeiras pela independência da mulher, secularmente impedida de
atuar
fora
dos
espaços
domésticos.
Nas
décadas
seguintes, foi a vez de os homens reivindicarem novos papéis. O direito de ter sentimentos, emoções, carências e – por que não? – vaidade passou a ser discutido de forma aberta. “Hoje encaramos o espelho com curiosidade e com prazer”, escreveu, em agosto de 1989, a revista
Playboy, masculina por excelência. Esse novo homem era o públicoalvo do desodorante Axe, surgido na França em 1983 e lançado no
Brasil dois anos depois, com a inédita proposta de um produto para ser aplicado no corpo todo. A propaganda procurava fixar essa ideia, dando pouca ênfase à proteção desodorante e destacando o poder de sedução das fragrâncias. Seguia, assim, o posicionamento internacional da marca, que desde o início apostou no tema da conquista e da sensualidade masculina.
No Brasil, a chegada de Axe não passou despercebida. A embalagem chamava a atenção pela cor preta, nada convencional, num mercado ainda pobre de marcas e sem sofisticação. Os comerciais também surpreenderam o público. Criados fora do País, os primeiros filmes de
Axe exploravam cenas de interesse explícito da mulher pelo homem, uma atitude ousada para a época.
Emoção e esportes
A partir de 1993 a marca associou sua imagem a esportes radicais, que sempre despertaram o interesse masculino. Nascia o projeto Axe
Adventures, patrocinador de expedições emocionantes e cheias de aventura em cenários como a Amazônia, o Polo Norte e as montanhas da Califórnia, nos Estados Unidos. Axe também patrocinou brasileiros em provas de grande destaque na mídia, como o Rali Paris-Dacar.