Avaliação texto
Reflexões e alternativas possíveis
* Olenir Maria Mendes
Às vezes, nossas práticas podem diversificar-se quanto à escolha dos instrumentos a serem utilizados, mas geralmente o tratamento com os resultados não costuma variar muito, ou seja, o nosso procedimento metodológico resume-se em transmitir o conteúdo, marcar a data da “prova” (que pode ser trabalho, seminário, exercício, pesquisa), aplicar a atividade avaliativa, corrigir, entregar o resultado e depois, recomeçar mais uma vez o nosso trabalho acadêmico e pedagógico. Apesar de definirmos essa prática rotineira como um procedimento avaliativo, segundo Luckesi (1995), ela não é. O que fazemos é uma mera verificação dos resultados obtidos por nossos alunos.
Segundo esse autor, a verificação da aprendizagem encerra-se com a obtenção do dado ou informação que se busca, isto é, “vê-se” ou não a aprendizagem ou o conhecimento adquirido pelo aluno. E... Pronto! A verificação não implica que o sujeito retire dela conseqüências novas e significativas
(LUCKESI, 1995). Isso porque não aproveitamos os “erros” para rever nosso trabalho, rediscutir o conteúdo dado e modificar a realidade verificada.
O ato de avaliar não se encerra na configuração do valor ou qualidade atribuídos ao objeto em questão. Avaliar exige uma tomada de posição favorável ou desfavorável ao objeto de avaliação, com uma conseqüente decisão de ação.
O ato de avaliar implica coleta, análise e síntese de dados que configuram o objeto de avaliação, acrescido de uma atribuição de valor ou qualidade, que se processa a partir da comparação da configuração do objeto avaliado. Segundo
Luckesi (1995), a avaliação direciona o objeto numa trilha dinâmica enquanto a verificação o “congela”. Isso quer dizer que, para desenvolvermos o processo avaliativo, necessariamente temos que verificar, mas posteriormente precisamos tomar uma atitude no sentido de modificar a situação verificada, aí sim