Avaliação no ciclo de alfabetização
Magna do Carmo Silva Cruz
Contrapondo-nos a uma concepção de escola seletiva na qual avaliação tinha como objetivo medir resultados finais em detrimento da aprendizagem, consideramos que a avaliação tem como objetivo regular e adaptar a prática pedagógica às necessidades dos alunos, considerando nesse processo avaliativo o professor, o aluno, a escola e a família.
São necessários mecanismos para atender a todas as crianças, para que avancem por meio das progressões e sucessões necessárias para o aprofundamento dos conteúdos a cada ano.
Sobre tal tema – a progressão das aprendizagens das crianças – a pesquisa desenvolvida no âmbito do Projeto GERES1, desenvolvido entre os anos de 2005 e 2008, com 20 mil alunos de cinco capitais brasileiras, mostra resultados bastante interessantes. A pesquisa, realizada, ao longo dos três anos iniciais do ensino fundamental, a mesma geração de crianças em escolas organizadas em ciclos. Um recorte dessa pesquisa apresentado por Brooke (2008) apontou os resultados dos dados coletados ao longo dos três anos de escolaridade (relativos ao período de 2005 a 2007) em duas redes de ensino. Nesse sentido, o autor indica que possivelmente a falta de metas seria uma das causas da diminuição do ritmo de aprendizagem no segundo e terceiro anos, gerando a perda de foco do que deve ser ensinado após a fase inicial de alfabetização.
Os direitos de aprendizagens permitem, nesse contexto, planejar e orientar as progressões do ensino e das aprendizagens, delimitando os saberes que devem ser construídos pelas crianças ao final de cada ano escolar do ciclo de alfabetização.
“Isso repercutirá no modo como concebe a avaliação, que auxiliará no diagnóstico, no acompanhamento e em novas propostas para o desenvolvimento dos alunos, diversificando as estratégias utilizadas para melhorar a aprendizagem. No paradigma educacional centrado