Avaliação Inclusiva
Atualmente há uma crescente corrente de educadores empenhados em colocar em xeque o tema: avaliação. Há de se refletir, definitiva e racionalmente sobre o tema proposto, de maneira a não mais favorecer apenas um lado da moeda, mas de todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Primeiramente deve-se ter claro que avaliar é diferente de examinar, e que desde os primórdios da instituição escolar, o que se tem feito, de maneira autoritária e cruel, é examinar e não avaliar. Através do exame, pode-se apenas ser analisado aquele restrito momento em que o aluno põe-se a responder questões que foram préviamente memorizadas, única e exlusivamente, para o exame. O ato de examinar não produz resultados escolares bem-sucedidos, pois não indica a real situação de aprendizagem dos educandos e carrega uma carga de ameaça e castigo que pressiona-os a assumir condutar determinadas e momentâneas. Além disso, fica evidente que a instituição escolar – como um todo – é uma reprodução da sociedade capitalista em que vivemos. Uma sociedade desigual, injusta e totalmente excludente, que reforça sua desumanidade no ato de examinar. Conforme nos indica Luckesi (2011), é muito difícil opor-se a maré que nos leva à examinar, assim, torna-se mais fácil deixar-se levar. Ele ainda nos aconselha que:
(...) educadores que desejam efetivamente atual pedagogicamente, servindo-se dos recursos da avaliação da aprendizagem necessitam de assumir consciência clara de que estão rompendo com o modelo social excludente (a avaliação é inclusiva),com cinco séculos de história de educação (...), assim como os próprios fantasmas internos adquiridos ao longo de sua vida pessoal e escolar (...). (p.71)
Desta maneira, a ponte que nos transpõe do ato de examinar para o ato de avaliar é um caminho com inúmeros impecilhos e dificuldades, que exigirá de cada um de nós uma desconstrução interna do nosso modo de agir, pensar e conceber o mundo, para uma nova