Automedicação
Analgésico
Os fármacos analgésicos e antinflamatórios são classificados em drogasinibidoras da enzima cicloxigenase (COX), drogas inibidoras da enzima fosfolipaseA2, drogas que deprimem diretamente o nociceptor e fármacos de ação central.(RANG; DALE; RITTER, 2000).
De acordo com Kummer e Coelho (2002), o processo inflamatório consiste em resposta orgânica precoce diante de lesão tissular ou inflamação, caracterizando-se como fenômeno complexo, dinâmico e multi-mediado. Quando o tecido é agredido, os fosfolipídios da membrana celular são atingidos e fazem com que ocorra a liberação de bradicinina e ativa a enzima fosfolipase A2.
Dipirona
Segundo Anthony Wong, médico pediatra e toxicologista no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. – O diclofenaco é o campeão de vendas de remédios no Brasil. Há pelo menos 40 marcas diferentes e ele é realmente útil para uma série de doenças podendo substituir o AAS no tratamento de entorses e dor nas juntas. Até para dor de garganta ele vem sendo usado ultimamente. Consumido em doses maiores, porém, ele aumenta a incidência de sangramentos gastrintestinais. E tem mais: muitos pacientes com dores reumáticas ou musculares, além de antiinflamatórios, tomam analgésicos para obter alívio maior da dor. Essa associação do diclofenaco (presente nos antiinflamatórios) com o paracetamol (substância encontrada em diversos analgésicos) aumenta o risco de lesões nos rins, especialmente nas pessoas acima dos 40 anos. Tais lesões chegam a ser tão graves que podem provocar parada da função renal. Por isso, a Associação Americana de Nefrologia já emitiu vários pareceres sobre o uso do paracetamol, pois associado a qualquer antiinflamatório pode aumentar a incidência de doença renal grave que, entre 10% e 30% dos casos, exige diálise.
Estudos epidemiológicos europeus e americanos já comprovaram esse fato. Portanto, o paracetamol deve ser usado com cautela e por tempo determinado e, se possível,