Autodidatismo
Porém, ainda sim existem pessoas que o praticam com rigor. Bruna Girelli é um exemplo disto. A estudante de 22 anos aprendeu sozinha a falar inglês e espanhol, hoje consideradas as principais línguas mundiais. Bruna conta que começou a treinar quando completará seus 14 anos. Assitia a filmes sem legendas, e com a ajuda de um dicionário, fazia seu vocabulário. A caneta e o papel foram seus maiores aliados. A biblioteca pessoal de sua avó também foi um dos canais de que Bruna se serviu para ganhar conhecimento. O aperfeiçoamento veio chegou com o tempo, quando Bruna decidiu se matricular em aulas de inglês e espanhol. Ao decorrer do curso, a aluna foi dispensada inúmeras vezes das atividades por já estar apta para tal. “O curso que deveria durar em média um ano e meia, acabou em 6 meses”, conta. Hoje, Bruna é professora particular de línguas, dá aulas em sua residência para estudantes de 15 até 40 anos.
Para falar mais sobre o assunto, procuramos a educadora e mantenedora da instituição de ensino Colégio Pentágono, em Santo André, Flávia Feletto. A professora, que está no ramo da educação a mais de 25 anos, se diz admiradora do autodidatismo, porém, enfatiza sua desvalorização no país: “Eu, como professora e mantenedora de escola, vejo pouquíssimo interesse dos alunos no assunto. Admiro a genialidade configurada nesta prática, a qual está ao alcance de todos, mas infelizmente o nosso país não traz esta cultura” diz Flávia. Conversamos com alguns alunos do Colégio Pentágono sobre o assunto, e pudemos observar que hoje em dia os estudantes preferem mesmo aulas em sala de aula, com professores e orientadores. “Deve dar muito trabalho aprender sozinho, eu acho que não conseguiria”, diz