dislexia
Edgar Morin é um crítico de fragmentação do conhecimento. Convencido da necessidade de uma reforma do pensamento, e, portanto de uma reforma do ensino, o crítico, Edgar Morin aproveitava diversas oportunidades para refletir sobre o desenvolvimento do pensamento complexo e a fragmentação do conhecimento. Por sugestão de Jack Lang, então ministro da Educação na França, o autor imaginara fazer inicialmente um “manual para alunos, professores e cidadãos”, projeto que não abandonou (p. 9). Foi, entretanto, em meados 1997, quando foi chamado por Le Monde de l’éducation para ser o “correspondente chefe convidado” que organizou algumas jornadas temáticas sobre a reforma dos saberes nos ginásio (p.10). Tencionou o autor começar pelos problemas que julgava mais importantes e urgentes, começando pelas finalidades de mostrar como o ensino primário, secundário e superior podiam servir a estas finalidades. Tencionou ainda em demonstrar como a solução dos problemas e sua submissão deveriam levar, necessariamente, a reforma do pensamento e das instituições. Edgar Morin propõe que o desenvolvimento do pensamento complexo, deve passar por uma reforma do pensamento por meio do ensino transdisciplinar, capaz de formar cidadãos planetários, solidários e éticos, aptos a enfrentar os desafios dos tempos atuais. Para o autor, a complexidade é um desafio que sempre se propôs a vencer (p.10). O autor dedica o livro à educação e ao ensino. A educação como “utilização de meios que permitem assegurar a formação e o desenvolvimento de um ser humano”, e “o ensino como arte ou ação de transmitir conhecimento ao aluno de modo que os compreenda e assimile” (p.10 e 11). É neste sentido que o referido intelectual afirma que a missão do ensino não é transmitir o mero saber, mas uma cultura que permita compreender nossa condição e nos ajude a viver, e que favoreça, ao mesmo tempo, um modo de pensar aberto e livre (p.11). É por fim, esta visão