Auto-indulgência: comprando a felicidade na sociedade do consumo.

Resumo:
Qual o preço que pagamos pela felicidade? Levando em conta o fato de que ela pode estar em pequenos momentos de nossas vidas corridas, os preços podem ser os mais variados, que vão desde o valor pago por um simples cappuccino ou pela compra de uma Ferrari. Neste artigo discutiremos o conceito de auto-indulgência construído nos moldes de uma sociedade capitalista baseada no consumo e como ele se aplica no entendimento do conceito de felicidade.

Palavras-Chave:
Dinheiro – Felicidade – Economia – Auto-Indulgência – Consumo

Introdução: Vivemos em uma sociedade onde a ordem criada em torno do trabalho toma boa parte de nossas vidas, desde a ascensão do capitalismo como modelo econômico, o trabalho voltou-se exclusivamente para a geração de capital, de modo que, o dinheiro tornou-se a engrenagem que move a sociedade, e a luta das classes pela obtenção desse capital transformou-se no motor da história, afinal a sociedade capitalista construiu ao longo a história ocidental a ideia de que o dinheiro é o caminho mais fácil até a felicidade.
Mas o que é a felicidade? Ao longo do tempo vários estudiosos buscaram entender o conceito de felicidade. Nas palavras o lingüista Aurélio Buarque de Holanda no Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, felicidade é: “Estado de perfeita satisfação íntima; ventura. / Beatitude; contentamento, grande alegria, euforia, grande satisfação. / Circunstância favorável, bom êxito, boa sorte[...]”. Na essência da palavra, felicidade é exatamente isso, mas o entendimento desta gama de emoções não ficou resumido aos verbetes de dicionários.
Existem diferentes abordagens ao estudo da felicidade e das suas causas, que têm sido usadas pela filosofia, a religião e a psicologia. Para estes estudiosos a felicidade se resume aquilo que modernamente chamamos bem-estar ou qualidade de vida, e não simplesmente como uma emoção.
Qual o preço da felicidade?
Um dos pesquisadores mais notáveis no estudo da felicidade é o sociólogo polonês