Auto imagem
A auto-imagem pode ser definida como a visão que temos de nós mesmos, o nosso retrato mental baseado em experiências passadas, vivências e estímulos presentes e expectativas futuras. Pode ser definida como a imagem ou figura que formamos do tamanho do nosso corpo em nosso psiquismo e nossas sensações, sentimentos e ações em relação ao tamanho e forma de nosso corpo e das suas partes constituintes. Seria uma imagem tridimensional que cada um tem de si próprio. Também é a forma como acreditamos que os outros nos vêem. A imagem que temos de nós mesmos é fundamental para definir como nos direcionaremos na vida. Mas, de modo geral, nossa auto-imagem é formada pelo mundo exterior, ou seja, passamos a definir quem somos a partir da impressão que as outras pessoas nos transmitem, ou dos ideais que a sociedade nos impõe. A imagem é um fenômeno social, pois há um intercâmbio contínuo entre nossa própria imagem e a imagem corporal dos outros. A auto-imagem governa nossos atos, sofrendo a influência de outros fatores. O primeiro é a hereditariedade, que garante, a cada ser, uma individualidade na estrutura física, na aparência e nas ações. Outro fator é a educação, que são as regras sociais que nos fazem semelhantes.
A imagem corporal pode ser constituída três componentes, perceptiva, que se relaciona com a precisão da percepção da própria aparência física, envolvendo uma estimativa do tamanho corporal e do peso; subjetiva, que envolve aspectos como satisfação, com a aparência, o nível de preocupação e ansiedade a ela associada e comportamental, que focaliza as situações evitadas pelo individuo por experimentar desconforto associado à aparência corporal.
Em nossa sociedade, onde vivemos a cultura da aparência, a beleza adquire conotação de aceitação de não rejeição. Não ser bela equivale a ser rejeitada. A busca da beleza é também busca de aceitação. Diversos autores preocuparam-se com o estudo da auto-imagem. Adler, discípulo de Freud, considera que os