Auto da Barca do Inferno - O Frade
INFERNO
DE GIL VICENTE
O FRADE
SINOPSE
“O clero, classe muito, numerosa estava presente em todos os sectores da sociedade portuguesa, desde a corte até ás mais escondidas aldeias das províncias. A maior parte dos seus membros acusavam a singular de relaxação de costumes.
Acontecia que muitos deles seguiam a carreira eclesiástica sem vocação, pela necessidade ou pela vontade dos pais. Era um meio de se livrarem das obrigações militares e de terem a vida assegurada, pois os conventos possuíam os seus bens materiais próprios.
C O N T I N UA Ç Ã O D A S I N O P S E
Daí a desconformidade entre os ideais e os actos, pois em vez de viverem uma vida de pobreza, de humildade, de oração, buscam antes os prazeres da vida, são espadachins, blasfemam, têm mulheres e filhos, ambicionam honras e cargos, bebem e até se dedicam á astrologia. Muitos abandonam a clausura para viverem na corte, deixam crescer a tonsura; outros suspiram continuamente por bispados.”
SÍMB OLOS CÉNICOS
Hábito de Frade
Escudo
Capacete
Espada
Equipamento de esgrima
Moça ( namorada )
CRITICAS COM ESSES
SÍMB OLOS
Desajuste entre a vida religiosa e a vida que ele levava ( vida mundana)
Os símbolos representavam a vida de prazeres que ele levava, o que o afastava do seu dever à critica religiosa.
PERCURSO CÉNICO
CAIS
Barca do Diabo
Barca do Anjo
Embarca na Barca do Diabo
ARGUMENTOS DE ACUSAÇÃO
Era mundano ( interessava-se por mulheres e por lutas ).
Não respeitou os votos de castidade e de pobreza.
O Frade não nega as acusações feitas, pois:
Pensa que o facto de ser Frade e o seu hábito o vão salvar dos seus pecados.
ARGUMENTOS DE DEFESA
Ser Frade.
Rezou muito.
Não foi avisado que não poderia andar com mulheres.
CARACTERIZAÇÃO
A personagem que desfila em quinto lugar representa uma classe social que é o clero.
Ele autocaracterizasse “cortesão” ( frequentava a corte ) o
que