Auto da Barca do Inferno- O Frade
Inferno:
O Frade
Inês Lopes
Frade
O Frade, no Auto da Barca do Inferno, representa uma classe social: o Clero.
Neste Auto, o Frade é uma pessoa mundana; dada aos prazeres do mundo.
Símbolos Cénicos
Os símbolos cénicos que acompanham o Frade são: 1.broquel (pequeno escudo); 2.espada;
3.capacete – simbolizam a deslealdade para com a vida religiosa
4.Hábito – simboliza a sua religião
5.Moça – simboliza a falta de castidade do grupo religioso
Tipo de Linguagem
Nesta cena podemos notar que é utilizada uma linguagem descuidada em relação ao que se esperava de uma pessoa totalmente religiosa.
Utiliza também o latim para mostrar que é conhecedor da língua religiosa.
“Deo Gracias”
Deus seja louvado
Argumentos de Acusação
O Frade era acusado de ser mundano (dado aos prazeres do mundo); de saber cantar, dançar e esgrimar; de desrespeitar os votos de castidade e de pobreza.
Argumentos de Defesa
O Frade defende-se destas acusações apresentando vários argumentos:
• O facto de ser Frade
• Ter feito um acordo com Deus e ser merecedor de um lugar no paraíso
• Ter rezado muito
Desfecho da Cena
O Frade, consequentemente, acaba por embarcar na Barca do Inferno.
Intenção crítica desta cena
Com esta cena, Gil Vicente pretende denunciar:
• a falta de castidade dos Frades
• a devassidão do clero
• o materialismo e a corrupção de valores da igreja
• caracter artificial das orações
• a cópia dos costumes da nobreza
• a prática de rezas mecânicas
Curiosidade: Florença era uma cidade italiana da Toscana que, naquela altura, simbolizava a corrupção.
Então Gil Vicente, decidiu dar este nome á moça que acompanha o
Frade para realçar a analogia entre a cidade de corrupção e a corrupção dos valores da igreja.
Obrigada pela vossa
atenção.