“Auto da barca do inferno” e “a farsa de inês pereira"

Roteiro de leitura para as obras:
De Gil Vicente:
“Auto da Barca do Inferno”
“A Farsa de Inês Pereira

I. “Auto da Barca do Inferno”
1. O teatro, de suas origens ao século XIX, se serve do verso como forma de expressão. Fiel à tradição, Gil Vicente fez uso das métricas mais utilizadas na poesia medieval. Faça a escansão, de pelo menos, 5 versos do texto e classifique o tipo de verso empregado.
/Fur/ta /ce/bo/las! /Hi/u! /Hi/u! -8
/Ex/co/mun/ga/do /nas/ er/gue/jas! -8
/Bu/rre/la, /cor/nu/do/ se/jas! -7
/To/ma o/ pão/ que/ te/ Ca/iu!/ -7
/A/ mu/lher/ que/ te/ fu/giu/ -7
Os dois primeiros versos são octassílabos (verso com oito sílabas métricas); e os outros três versos são heptassílabos (verso com sete sílabas métricas).

2. No “Auto da Barca do Inferno”, Gil Vicente critica três classes sociais: a nobreza, o clero e o povo. Indique as personagens que representam:
a) a nobreza;
b) o povo.
a) nobreza: Fidalgo(Don Anrique), Corregedor, Procurador,
b)Povo: Parvo(Joane), Sapateiro(Joanantão), Onzeneiro, Frade(Frei Babriel), Florença, Alcoviteira(Brísida Vaz), Judeu(Semifará), os Quatro Cavaleiros, e o Enforcado. Apenas o Parvo e os cavaleiros foram para o céu, os outros personagens seguiram com o diabo, para o inferno.

3. Gil Vicente se utiliza da linguagem coloquial em razão do caráter popular de seu teatro e também para indicar a condição social de suas personagens.
a) Compare a linguagem do Fidalgo à do Parvo. O que as diferencia?
b) Que efeito produz no espectador o trecho em que o Parvo se dirige ao Diabo servindo-se de uma linguagem sem lógica, sem sentido?
a)A diferença é que o Fidalgo, usa uma linguagem culta, ou seja, uma linguagem que não é comum no dia a dia das pessoas, e que nem todos estão acostumados, por ser também mais difícil; já o parvo usa uma linguagem coloquial, ou seja, é uma linguagem que pode ser usada com gírias, abreviações e entre outras coisas, é a linguagem do dia a dia, na qual a maioria das pessoas utilizam.