Autista em escola regular: não basta inserir, é preciso incluir

A maior dificuldade para as crianças com transtornos globais são aquelas que se referem à socialização. Habilidades simples como relações interpessoais, comunicação, contato físico e visual se tornam enormes barreiras que necessitam ser transpostas. Nesse contexto, educar se torna uma tarefa bem complicada, mas que deve ser realizada com o intuito de incluir o aluno não somente em escola regular, mas na sociedade como um todo. E o processo de incluir vai muito além de simplesmente aceitar que o aluno frequente a escola regular: ele deve ser recebido com todos os recursos necessários para que ele tenha capacidade de se desenvolver intelectualmente e de realizar todas as tarefas propostas à sua maneira, sem que sofra preconceitos ou que se sinta excluído e menosprezado em relação aos demais colegas. Se antigamente essas pessoas sofriam exclusão e preconceito, hoje a ideia é que eles sejam incluidos e desenvolvam suas capacidades a fim de participar da sociedade de forma ativa. Isso acontece porque com o passar dos anos a sociedade modificou significativamente o seu pensamento quanto às práticas pedagógicas.

A sociedade, em todas as suas culturas,atravessou diversas fases no que se refere às práticas pedagógicas. Ela começou praticando a exclusão social de pessoas que - por causa das condições atípicas - não lhe pareciam pertencer à maioria da população. Em seguida desenvolveu o atendimento segregado dentro de instituições, passou para a prática da integração social e recentemente adotou a filosofia da inclusão social para modificar os sistemas sociais gerais. (SASSAKI, 1997, p.16)

A seguinte citação de Sassaki exemplifica com clareza esse conceito, demonstrando todas as fases pelas quais o processo passou até podermos dizer que há realmente uma inclusão. Entretanto, ainda há muito o que evoluir nesse sentido, uma vez que nós, educadores, precisamos sempre buscar novos métodos de ensino e, principalmente, procurar entender a realidade do aluno, seja