autismo
Associado ou não a causas orgânicas, o autismo é reconhecível pelos sintomas que impedem ou dificultam seriamente o processo de entrada na linguagem para uma criança, a comunicação e o laço social.
Até a década de 1930, os psiquiatras da clínica de adultos pouco conheciam as manifestações psíquicas da criança e, além disso, os pediatras tinham lacuna de saberes a respeito da Psiquiatria. Foi nesse período aconteceu o Congresso Internacional de Pediatria que solicitava a introdução do ensino de Psiquiatria Infantil no ensino de Pediatria. Entretanto, a figura de maior destaque na história da psiquiatria infantil é a de Leo Kanner . Em 1943, ele publicou suas primeiras pesquisas sobre o que atualmente conhecemos como Autismo, em que descreveu e analisou esse transtorno infantil do contato afetivo. Seu trabalho constitui um divisor de águas na história da saúde mental infanto juvenil,.
A noção de espectro do autismo foi descrita por Lorna Wing em 1988, e sugere que as características do autismo variam de acordo com o desenvolvimento cognitivo; assim, em um extremo temos os quadros de autismo associados à deficiência intelectual grave, sem o desenvolvimento da linguagem, com padrões repetitivos simples e bem marcados de comportamento e déficit importante na interação social, e no extremo oposto, quadros de autismo, chamados de Síndrome de Asperger, sem deficiência intelectual, sem atraso significativo na linguagem, com interação social peculiar e bizarra, e sem movimentos repetitivos tão evidentes.
Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) já começam a demonstrar sinais nos primeiros meses de vida: elas não mantêm contato visual efetivo e não olham quando você chama. A partir dos 12 meses, por exemplo, elas também não apontam com o dedinho. No primeiro ano de vida, demonstram mais interesse nos objetos do que nas pessoas e, quando