CRIMES VIRTUAIS
CRIMES VIRTUAIS.
Jovens são vítimas de crimes contra a honra nas redes sociais
No interior do Rio, meninas de até 11 anos já sofrem com a exposição na internet. Em Volta Redonda e Casimiro de Abreu, campanhas vão esclarecer a população para ajudar a combater a "epidemia".
Rio - Aos 11 anos, a estudante do Ensino Fundamental W. viu seu mundo virar de pernas para o ar depois que enviou uma foto íntima a um rapaz, de 16, por meio do Facebook. Logo a imagem foi compartilhada nas redes sociais. Moradora de Casimiro de Abreu, a criança virou o principal assunto da cidade de pouco mais de 30 mil habitantes, a 140 quilômetros do Rio. W. teve que mudar de colégio e foi proibida pelos pais de usar computadores. O inseparável celular que carrega no bolso agora serve apenas para escutar músicas e não tem chip de nenhuma operadora. O drama enfrentado pela família de W. é cada vez mais comum no interior do Rio.
Nos últimos três anos, o número de crimes de informática registrados na única delegacia especializada do estado, que funciona na capital, aumentou 43%, chegando a 2.094 em 2013. “Crime virtual já deixou de ser um problema apenas de cidade grande. A popularização da internet e dos celulares com internet tornou muito mais comum esse tipo de crime.
Cerca de 30% dos casos que chegam aqui são de crimes contra a honra”, revela o delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, Alessandro Thiers. As principais ocorrências do mundo virtual são crimes contra a honra, fraudes diversas, pedofilia e uso da internet para apologia a outros crimes. Ainda não há, no entanto, como mensurar cada um desses segmentos.
O esclarecimento da população, que tem procurado cada vez mais a polícia, é apontado por Thiers como um fator determinante para o salto das ocorrências cibernéticas. “É importante que as vítimas saibam que, além da DRCI (localizada no Centro do Rio), podem prestar queixa de crimes