Autismo
“Ele vive no seu próprio mundo”. A frase é bastante utilizada para descrever de forma leviana pessoas distraídas, que são pouca atenção ao que acontece ao seu redor. As mesmas palavras, entretanto, ganham um significado muito mais enfático quando se referem ao portador do autismo. Uma doença inicialmente descrita pelo médico austríaco Leo Kanner em 1943 quando ele identificou crianças apresentando prejuízos na área da comunicação, do comportamento e da interação social e caracterizou essa condição como sendo única e não pertencente ao grupo das crianças com deficiencia mental. Um ano após a descrição de Kanner, outro médico austríaco, Asperger, descreveu crianças semelhantes as de Kanner, mas que eram, aparentemente, mais inteligentes e sem atraso significativo no desenvolvimento da linguagem, essa sindrome ficou conhecida como Asperger. Foi criado então o TEA (transtorno do espectro autista) para englobar o autismo, a sindrome de asperger e o Transtorno Global do desenvolvimento sem outras especificações. O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento crônica incapacitante que compromete o desenvolvimento normal de uma criança e se manifesta tipicamente antes dos tres anos de vida. Ainda é considerada uma das mais enigmáticas desordens neurológicas da ciência e caracteriza-se por lesar e diminuir o ritmo do desenvolvimento psiconeurológico, social e linguistico. Não se sabe ao certo quais as causas do autismo. Chegou-se a dizer, por exemplo, que vacinas ppoderiam causar intoxicação, que levaria ao autismo; que determinados alimentos causariam o distúrbia; e até mesmo que a mãe era a culpada pelo surgimento dos sintomas no filho. Segundo o neurologista Vladimir Lazarev do Instituto Fernando Figueira o autismo não tem nenhuma relação com os fatores ambientais. Fora do Brasil, a ideia geral é também que, além de processos genéticos, não se conhecem outras possíveis causas cientificamente viáveis para o autismo, nas palavraas do psicológo