Autismo
DESCRIÇÃO DO CONTEÚDO
Abordar a comunicação primeiramente requer a elucidação de seu conceito. Frente ao consenso ausente do termo, seus elementos são tratados em termos de transferência de informação e de intencionalidade. Tem recebido maior destaque o papel do comportamento verbal e não verbal no ato comunicativo em seu contexto social de ocorrência. Este enfoque propicia a pesquisa de questões pertinentes sobre o desenvolvimento da interação social, comunicação intencional e aquisição de linguagem e de como tais aspectos se relacionam entre si. De modo geral, o comportamento sócio-comunicativo tem sido entendido como resultado da interação de fatores genéticos e ambientais. Dentro desse princípio, o desenvolvimento das habilidades sociais e cognitivas resulta da maturação de capacidades inatas associada à interação com o meio, aperfeicoando-se nas fases diádica e triádica da comunicação. Na fase diádica o olhar e as expressões afetivas do bebê são seletivamente dirigidos e integrados ao comportamento social das pessoas. A comunicação envolve interação face-a-face e as trocas afetivas entre o bebê e seus cuidadores precedem a atividade gestual. Surgindo no segundo semestre de vida do bebê, na fase triádica da comunicação predomina gestos e vocalizações para pedir, rejeitar e comentar. Neste ínterim, a expressão afetiva torna-se mais complexa auxiliando sua interação com o meio. Ainda dentro desta fase, destacam-se três categorias de comportamentos:
* Afiliação: uso de comportamentos não verbais e de objetos para eliciar e manter o foco de atenção no próprio self; * Regulação: comportamentos de pedido para buscar assistência quanto à aquisição de objetos ou execução de tarefas e; * Atenção compartilhada: coordenação da atenção entre “parceiros sociais” com fins de compartilhamento da experiência com objetos/eventos. De modo mais especifico, a