aura
Nas reproduções dessas obras falta o chamado: hic et nunc (essência) da obra de arte, ela está relacionada a toda a história da obra de arte. O que caracteriza a autenticidade de uma coisa é tudo aquilo que ela contém. A aura também tem muito a var com a obra de arte, ela que está presente nelas, que nos faz sentir algo quando a vemos.
Abel Gance disse:
“ Shakespeare, Rembrandt, Beethoven farão cinema…
Todas as legendas, toda a mitologia e todos os mitos, todos os fundadores de religiões e todas as próprias religiões... aguardam sua ressurreição luminosa e os heróis se empurram diante das nossas portas para entrar.”
Isso convidava-nos, sem saber, a uma liquidação geral (ao fim).
Depois veio a fotografia, que trouxe com ela a legenda que se tornou algo necessário. Teve discussões se a fotografia era ou não arte. Isto também aconteceu com o cinema.
Franz Werfel disse:
“O cinema ainda não apreendeu seu verdadeiro sentido, suas verdadeiras possibilidades... Elas consistem no poder que ele detém intrinsecamente de exprimir, por meios naturais, e com uma incomparável capacidade de persuasão, o feérico, o maravilhoso, o sobrenatural.”
Duhamel fala o seguinte sobre o cinema:
”Trata-se de uma diversão de párias, um passatempo para analfabetos, de pessoas miseráveis, aturdidas por seu trabalho e suas preocupações... um espetáculo que não requer nenhum esforço, que não pressupõe nenhuma implicação de ideias, não levanta nenhuma indagação, que não aborda seriamente qualquer problema, não ilumina paixão alguma, não desperta nenhuma luz no fundo dos corações, que não excita qualquer esperança a não ser aquela, ridícula de, um dia, virar star em Los Angeles.”
Duhamel e alguns outros escritores acham que o cinema é uma alienação e que não nos ensina nada que iramos precisar.
Mas Benjamin acha