O fim da Aura!
Walter Benjamin estuda a obra de arte na era da Reprodutibilidade Técnica observando as mudanças ocorridas na arte a partir deste modo de reprodução capitalista, primeiramente observa-se a capacidade de reprodução da arte através da técnica e segundo Benjamin “Em sua essência, a obra de arte sempre foi reprodutível”, tudo o que o homem produzia podia ser imitado. Essa imitação era passou por uma grande evolução, desde as imitações dos discípulos e pelos mestres com interesse na difusão das obras, até chegar à reprodução por terceiros, interessados no lucro.
O que Benjamin destaca é que mesmo na reprodução mais perfeita, há a ausência de um elemento essencial: “o aqui e o agora”, ou seja, sua autenticidade, sua existência única. A esfera da autenticidade como um todo, escapa à reprodutibilidade técnica, e naturalmente não apenas a técnica. Mas, enquanto o autêntico preserva toda a sua autoridade com relação à reprodução manual, em geral considerada uma falsificação, o mesmo não ocorre no que diz respeito à reprodução técnica, e isso por duas razões. Em primeiro lugar, a reprodução técnica tem mais autonomia que a manual: a máquina consegue um alcance maior que a mão e a ótica natural, ex: câmera lenta, seleção de cenas. Em segundo lugar, a reprodução pode ser tão idêntica que será quase impossível diferenciar a cópia do original, além disso, a reprodução aproxima as obras do indivíduo (consumidor).
Mesmo que essas novas circunstâncias deixem intacto o conteúdo da obra de arte, elas desvalorizam o seu aqui e agora, a autenticidade da obra. E essa autenticidade é considerada por Benjamin a quintessência de tudo o que foi transmitido pela tradição, a quintessência seria o poder que a aura tem.
De modo geral, pode-se dizer que quando uma obra é reproduzida e multiplicada, ela perde sua essência, sua existência única e passa para uma existência serial, constituindo a atrofia da aura. A aura é definida como uma figura singular, composta