Aula-tema 6: gêneros textuais
As questões 1 e 2 foram retiradas do vestibular da Universidade Federal do Paraná de 2007. O texto a seguir, uma crônica de Mário Quintana, é referência para essas mesmas questões.
De como não ler um poema (Mário Quintana)
Há tempos me perguntaram umas menininhas, numa dessas pesquisas, quantos diminutivos eu empregara no meu livro A Rua dos Cataventos. Espantadíssimo, disse-lhes que não sabia. Nem tentaria saber, porque poderiam escapar-me alguns na contagem. Que estas estatísticas, aliás, só poderiam ser feitas eficientemente com o auxílio de robôs. Não sei se as menininhas sabiam ao certo o que era um robô. Mas a professora delas, que mandara fazer as perguntas, devia ser um deles.
E mal sabia eu, então, que estava dando um testemunho sobre o estruturalismo – o qual só depois vim a conhecer pelos seus produtos em jornais e revistas. Mas continuo achando que um poema (um verdadeiro poema, quero dizer), sendo algo dramaticamente emocional, não deveria ser entregue à consideração de robôs, que, como todos sabem, são inumanos.
Um robô, quando muito, poderá fazer uma meticulosa autópsia – caso fosse possível autopsiar uma coisa tão viva como é a poesia. Em todo caso, os estruturalistas não deixam de ter o seu quê de humano... Nas suas pacientes, afanosas, exaustivas furungações, são exatamente como certas crianças que acabam estripando um boneco para ver onde está a musiquinha.
A partir da leitura do texto de Mário Quintana, considere as seguintes afirmativas sobre o gênero crônica:
1. Caracteriza-se por textos curtos e narração em primeira pessoa.
2. Caracteriza-se por considerações de caráter geral, a partir de situações específicas, e pelo texto mais curto.
3. Traz sempre o discurso direto para marcar os personagens/sujeitos do diálogo.
4. Elaborado em determinada esfera de atividade discursiva, dá espaço para o cotidiano.
Assinale a alternativa correta.
Escolher uma resposta. a. As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras