Aula prática eletroforese
Aula Prática IV
Eletroforese
1.INTRODUÇÃO
Eletroforese consiste na separação dos componentes de um sistema através de um campo elétrico. Substâncias em solução possuem carga elétrica livre, deslocam-se quando submetidas a um campo elétrico de sentido invariável (Heneine, 2003). É um método especialmente útil analiticamente, pode-se estimar o número de proteínas diferentes em uma amostra.
A eletroforese de proteínas geralmente é realizada em géis feitos de um polímero de acrilamida. O gel atua como uma peneira molecular, retardando a migração dos compostos aproximadamente na proporção de sua relação carga-massa (Nelson e Cox, 2011). As proteínas possuem cargas positivas e negativas, sendo sua mobilidade eletroforética diretamente proporcional à carga da partícula e inversamente proporcional à viscosidade do meio.
Geralmente a eletroforese é utilizada para separar proteínas e moléculas de DNA e RNA. Porém existem diferentes métodos eletroforéticos de separação dessas moléculas como na presença de SDS em gel de poliacrilamida, onde as proteínas perdem a carga intrínseca e adquirem carga negativa e separam-se no gel de acordo com a massa. Eletrofocalização: nessa técnica o campo elétrico forma um gradiente de pH e as proteínas migram até encontrarem seus pontos isoelétricos, onde estacionam (Heneine, 2003), esses dois métodos são exemplos de eletroforeses diferenciais.
A comprovação de que as partículas coloidais, no caso concreto as proteínas, podem ser separadas através das suas características de mobilidade frente a campos elétricos, constituindo o fundamento da eletroforese, teve início com os estudos de Michaeis, em 1909, que idealizou o tubo em “U”. A técnica foi aperfeiçoada por Sverdberg e Scott (1924), Sverdberg e Tiselius (1926) e Theorell (1935) (Flores, 1992).
O desenvolvimento de metodologias para a medição dos componentes protéicos no sangue teve início no final do século XIX por um químico francês, que