Aula De Conceitos
(...) encontram-se sempre no conteúdo do conhecimento outras relações que não se explicam psicologicamente (seja no plano individual, seja no coletivo), nem historicamente. Por isso, elas passam a impressão de serem relações “reais”, “objetivas” ou “efetivas”. Nós as denominaremos de relações passivas, em oposição àquelas outras, que denominamos ativas. (página 50)
O que há alguns anos era considerado fenômeno natural, hoje se apresenta como complexo de artefatos. (página 68)
Não existe, na história do saber, uma relação lógico-formal entre as concepções e sua comprovação: as provas seguem as concepções assim como, de maneira inversa, as concepções seguem as provas. (páginas 69-70)
Conhecer, portanto, significa, em primeiro lugar, constatar os resultados inevitáveis, sob determinadas condições dadas. Essas condições correspondem aos acoplamentos ativos, formando a parte coletiva do conhecimento. (página 83)
Os resultados inevitáveis equivalem aos acoplamentos passivos e formam aquilo que é percebido como realidade objetiva. (página 83)
Quando tentamos separar, de maneira crítica, o chamado subjetivo do chamado objetivo no caso concreto, encontramos novamente, a cada vez, os acoplamentos ativos e passivos dentro do saber (...). Nenhuma proposição pode ser construída com base em acoplamentos passivos, há sempre a presença de algo ativo, ou, para usar um termo pouco indicado, algo subjetivo. (página 93)
Qualquer conhecimento significa, em primeiro lugar, constatar, a partir de determinados pressupostos ativamente adotados, as relações que relações que resultam de maneira coercitiva e passiva. (página 110)
Se, por exemplo, tivéssemos que descrever a história dos elementos químicos, teríamos que diferenciar entre dois grandes estágios: aquele da chamada doutrina