aula 8 comportamento antisocial
Comportamento.
Comportamento anti-social e violência.
TEXTO 1
O desenvolvimento do comportamento anti-social
Janaína Pacheco; Patrícia Alvarenga; Caroline Reppold; Cesar Augusto
Piccinini; Claudio Simon Hutz
O conceito de comportamento anti-social apresentado e discutido neste artigo está baseado na proposta de Patterson e colaboradores (Capaldi & Patterson,
1991; DeBaryshe, Patterson & Capaldi, 1993; Patterson, DeBaryshe &
Ramsey, 1989; Patterson & cols., 1992), que propõem que esse padrão é adquirido na infância. Esses autores baseiam-se em uma perspectiva cuja ênfase central é o papel da interação da criança com os membros da família e com o grupo de pares. Dentro desse enfoque, tanto o comportamento pró-social quanto o comportamento desviante de uma criança são diretamente aprendidos nas interações sociais, particularmente com membros da família, e vão se alterando a partir das exigências ambientais e do desenvolvimento do indivíduo.
O comportamento anti-social pode ser definido como um padrão de resposta cuja conseqüência é maximizar gratificações imediatas e evitar ou neutralizar as exigências do ambiente social (Loeber, 1982; Patterson & cols.,
1992). Os comportamentos anti-sociais são eventos aversivos e contingentes e sua ocorrência estaria diretamente relacionada à ação de uma outra pessoa
(Deater-Deckard & Plomin, 1999; Frick, Chritian & Wooton, 1999; Loeber,
1982; Patterson & cols., 1992; Pettit, Lairf, Dodge, Bates & Criss, 2001). Em termos operacionais, Capaldi e Patterson (1991) propõem que o constructo anti-social seja avaliado considerando tanto os comportamentos abertos, como brigar, desobedecer, xingar e bater, quanto os comportamentos velados, como mentir, roubar, fugir de casa e trapacear.
Um aspecto importante para a definição de comportamento anti-social é que este exerce uma função na relação do indivíduo com o ambiente social
(Patterson & cols., 1992). Embora seja uma forma primitiva de enfrentamento, este comportamento é