Aula 3
A linguagem popular ou coloquial
É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de linguagem (sole cismo - erros de regência e concordância; barbarismo - erros de pronúncia, grafia e flexão; ambigüidade; cacofonia; ), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular está presente nas mais diversas situações: conversas familiares ou entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, programas de TV (sobretudo os de auditório), novelas, expressão dos estados emocionais etc.
A linguagem culta ou padrão
É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científicas, noticiários de TV, programas culturais etc.
Gíria
Segundo Mattoso Câmara Júnior, “estilo literário e gíria são, em verdade, dois pólos da Estilística, pois gíria não é a linguagem popular, como pensam alguns, mas apenas um estilo que se integra à língua popular”. Tanto que nem todas as pessoas que se exprimem através da linguagem popular usam gíria.
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais “que vivem à margem das classes dominantes: os estudantes, esportistas, prostitutas, ladrões” Eles a usam como arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensagens sejam decodificadas apenas pelo próprio grupo.
Assim a gíria é criada por determinados segmentos da comunidade social que divulgam o palavreado para