Aula 2 A LITERATURA COMPAGNON
COMPAGNON, Antoine. Capítulo I. A literatura. In: ___.
O demônio da teoria. Literatura e senso comum.
Tradução de Cleonice P. B. Mourão, Consuelo F.
Santiago. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010. p. 2945.
• Estudos literários – diferentes posturas e um ponto em comum: seu objeto = o texto literário. • Indagações que complicam o seu estudo:
• O que é intenção literária?
• O que é realidade literária?
• O que é recepção literária?
• O que é língua literária?
• O que é história literária?
• O que é valor literário?
• Não há consenso sobre o que é literário e o que não é – questão levantada desde Aristóteles.
• Nome literatura – início do século XIX – anteriormente a palavra tinha um conceito amplo.
• O filósofo Nelson Goodman (1977) propõe substituir a pergunta “O que é arte?” por “Quando é arte?” –
Talvez fazer o mesmo com literatura.
• Necessário definir literatura para definir seu estudo
– indagações sobre seu campo, categoria, objeto, especificidade, natureza, função, extensão e compreensão. • A literatura encontra-se entre duas abordagens:
1- uma histórica (o texto como documento);
2- uma linguística (o texto como arte da linguagem).
• Anos de 1960 – nova querela: definição externa e interna da literatura.
• Genette: dois regimes literários complementares:
1- constitutivo – garantido pelas convenções, logo fechado; 2- condicional – aberto, dependendo de uma apreciação dos indivíduos e das épocas.
A EXTENSÃO DA LITERATURA
• Sentido amplo: literatura é tudo o que é impresso (ou manuscrito), incluindo a literatura oral • Noção clássica de “belas-letras” = tudo o que a retórica e a poética podiam produzir.
• Para a filologia, no conjunto da língua, literatura e cultura a literatura reinava absoluta.
• No sentido restrito: a literatura varia segundo as épocas e as culturas.
• Modernamente (século XIX) – declínio dos gêneros poéticos perpetuados desde Aristóteles.
• O sentido do moderno de literatura é inseparável do romantismo = nacionalismo.
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