aula 1 historia do direito brasileiro
organização e apresentação
Fernando Sabino
OS SETE ENFORCADOS leonid andreiev
tradução
Eliana Sabino
Sumário
Apresentação
Introdução à edição americana
A uma hora, excelência!
Condenados à forca
Por que vão me enforcar?
Quem vem de Oriol
Na hora do beijo, fique em silêncio
O tempo voa
A morte não existe
Assim como há vida, há morte
Horrível solidão
Desabam as muralhas
A caminho da forca
Enforcados
Créditos
Apresentação
“Ele quer me amedrontar, mas eu não tenho medo.” Quem assim falou foi Tolstoi, mas a História não esclarece o que exatamente ele quis dizer, quando se referiu nestes termos ao seu coleguinha de letras.
Coleguinha, tendo em vista modestas proporções, em tamanho, da produção literária de Andreiev, se comparada à gigantesca obra do autor de Guerra e Paz. Certamente este não se referia como autor ao medo de uma concorrência em prestígio no âmbito da literatura, mas como leitor, ao sentimento que inspirava uma obra nascida de uma visão tão amarga da vida, permeada de horror, como nos mais terríveis pesadelos. Um dos críticos desta obra chamou mesmo o seu autor de “matemático do horror”, tal a mórbida precisão com que ele retrata os aspectos mais trágicos das criaturas que povoam o sombrio universo de sua imaginação. Ali não se encontra o menor vestígio da normalidade do dia a dia, mas os desencontros, os sofrimentos e o terror, desencadeados pelas mais desvairadas paixões.
Andreiev, cujo nome em russo era Leonid Nikolaevic Andreev, nasceu na cidade de
Orel, na Rússia, no dia 21 de agosto de 1871. Educou-se numa escola pública como qualquer criança pobre. Consta que foi a pobreza de sua família, e em consequência o amargor de uma juventude carente, que o levou a tentar o suicídio aos 22 anos. Mas consta também que o gesto de desespero decorreu de um amor infeliz, quando ainda estudante. Desta tentativa, cuja forma não cheguei a apurar, teria resultado uma lesão