Atuação
IMPLICAÇÕES HISTÓRICAS DA ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA
Antonio José de Almeida Filho1
Ana Emília Cardoso Moraes2
Maria Angélica de Almeida Peres3
O artigo apresenta um estudo que propõe uma reflexão acerca da atuação do enfermeiro a partir de novas atitudes e novas propostas de trabalho na assistência ao usuário do Centro de Atenção Psicossocial. As novas propostas apresentadas nesse estudo apontam a necessidade de um trabalho em equipe interdisciplinar, como instrumento principal, para a transformação do modelo de assistência anterior, hospitalocêntrico. A construção do trabalho coletivo se faz necessário e se mostra eficaz ao logo do tempo. Esse novo cenário de atuação para o enfermeiro o remete a um lugar de busca da criatividade e de instrumentos inovadores na prática profissional. Nesse novo cenário de atenção, a assistência deve se dar de modo individualizado e humanístico, respeitando-se a pessoa em sua forma de viver e de lidar com seu sofrimento mental.
PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem Psiquiátrica; Serviços de saúde mental; Cuidados de
Enfermagem.
INTRODUÇÃO
A assistência de enfermagem ao cliente com transtorno mental no Brasil vem, ao longo dos anos, se desenvolvendo e procurando atender as propostas oriundas da Reforma
Psiquiátrica, que exige dos profissionais de saúde uma prática contrária àquela iniciada com a psiquiatria tradicional, caracterizada pelo isolamento e pelo tratamento punitivo, voltado para a contenção física e química desses clientes.
A Reforma Psiquiátrica brasileira, iniciada na década de 1980, implementou novas propostas e possibilidades de assistência ao cliente com sofrimento psíquico, assegurando o exercício de seu direito a cidadania. A reorganização do modelo de assistência psiquiátrica no Brasil se deu através da construção de uma rede de assistência extra-hospitalar que permitisse ao paciente psiquiátrico ser cuidado, também, em Centros de Atenção