Atuação do enfermeiro na prevenção de infecções do sitio cirurgico
1 INTRODUÇÃO
A Infecção Hospitalar (IH) na atualidade é definida como uma infecção relacionada à assistência à saúde, e se caracteriza como um problema de âmbito mundial de saúde pública (FONTES, 2010) e se constitui um risco significativo à saúde dos usuários dos hospitais, e sua prevenção e controle envolvem medidas de qualificação da assistência hospitalar.
Alguns critérios de classificação de Infecção Hospitalar são seguidos no Brasil, como aquela adquirida após a admissão do paciente e cuja manifestação ocorreu durante a internação ou após a alta, podendo ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares (BRASIL, 2010).
Já as Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC), são aquelas infecções que ocorrem nos procedimentos cirúrgicos; e caracteriza-se por ser um processo infeccioso que acomete tecido, órgão e cavidade abordada em um procedimento cirúrgico (SANTANA; BRANDÃO, 2009). A terminologia infecção da ferida cirúrgica pode ser substituída pela ISC, uma vez que nem toda infecção relacionada à manipulação cirúrgica ocorre na ferida propriamente dita, mas também em órgãos ou espaços abordados durante a operação (MANGINI et al, 2001);
No Brasil estima-se que a Infecção do Sítio Cirurgico ocorra após 11% das operações. Reconhecem os estudiosos que grande parte das infecções hospitalares, inclusive a da ferida cirúrgica, é de origem endógena, correspondendo de 70 a 80%. A segunda causa da transmissão da ISC é a equipe cirúrgica, que caracteriza-se pela infecção veiculada principalmente pelas vias aéreas superiores e pelas mãos. Outros mecanismos de contaminação são os artigos médico-hospitalares e o ar ambiente (CATANEO et al, 2004).
A ISC é uma das principais infecções relacionadas à assistência á saúde e principal causa de complicação cirúrgica (FONTES, 2010) e estão entre as principais causas de mortalidade pós-operatória em cirurgia geral. Sua incidência varia entre os
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diversos serviços e depende da qualidade das medidas de