Atualização do Cuidar-resumo
A autora do texto propõe uma releitura ou re-significação do cuidado através de conceitos e preceitos que a levam a afirmar o cuidado como uma ação moral e emocional, e caracterizado como um fenômeno existencial e relacional.
A origem do cuidado é uma incógnita, possuindo apenas aproximações do que se acredita ser o comportamento do cuidar, uma vez que o ser humano é um ser do cuidado, pois nasce com potencial para isso, além do que necessitam igualmente de cuidado. Considera-se uma progressão nas necessidades de adaptação ao meio, usando –se então mecanismos físicos e biológicos, mas também mentais, emocionais e sociais, sendo assim mecanismos e formas de cuidado. Entretanto essa progressão traz um paradoxo entre o cuidado e o não-cuidado, uma vez que surge a competitividade a busca da vitória seja qual for o custo, levando-se então à indagação sobre qual a ética que impera atualmente.
A perspectiva filosófica do cuidar baseia-se na necessidade do ser humano de além de atuar no mundo, explicar o porquê de suas ações, uma luta entre o ser e o não ser, levando-se como papel relevante a relação com o outro dentro do mundo, onde surge o conceito da solicitude.
A enfermagem está associada ao cuidar e ao assistir, entretanto esse cuidar é anterior à enfermagem e esse cuidar estava inerente ao ser humano, ou seja, era exercido por qualquer pessoa e geralmente sem formação. Com a progressão histórica o perfil do cuidar foi sendo transformado, tendo início com a reforma a partir de Nightgale, que trouxe novos conceitos, até atingir o padrão científico do cuidar, e na década de sessenta, com o aparecimento das teorias de enfermagem, como o Processo de Enfermagem, o que acabou transformando o assistir da enfermagem em um processo diferenciado do conceito do cuidar. Entretanto, nos últimos anos tem ocorrido uma busca ao retorno do cuidado humano, com a tônica do respeito, amabilidade, compaixão, disponibilidade, deixando claro que o cuidado não