Atualidades no Mundo
por Antonio C. Nunes
Pe. Antonio C. Nunes missionário de Assis SP, trabalhou bem 19 anos na Costa de Marfim e agora está prestando um serviço para o Pime em Florianópolis. Neste artigo, nos relata os últimos acontecimentos naquele país om foi o tempo em que os povos da África viviam em perfeita harmonia entre si mesmos, com a natureza e as suas divindades.
Ainda apegados e obedientes à tradição dos antepassados, tudo ao seu redor transmitia paz e tranqüilidade. E, assim através do sistema de transmissão oral da tradição dos antepassados, as gerações foram se sucedendo e perpetuando estas heranças do passado.
Haja visto que, para o africano, o que deu certo no passado, vale também para o presente e com certeza norteará igualmente o futuro. Entretanto os tempos mudaram e com a influência dos povos brancos colonizadores, a África foi perdendo a sua coloração cultural original. E, hoje o continente africano está sofrendo as conseqüências deste "período negro" da sua história. E o povo, traz cravados no seu coração os estigmas da divisão, do ódio e da exclusão.
COSTA do MARFIM: o paraíso destruído
Em nível de povoamento, a Costa do Marfim é um mosaico de 61 tribos, quase todas imigradas dos países limítrofes (Burkina Faso, Mali, Ghana, Guiné-Conakri …), que viviam em perfeita harmonia até num passado recente. A estas tribos, deve-se acrescentar ainda mais um quarto da população total, vinda de outras regiões da África, principalmente da linha do Sahel. Eles são considerados estrangeiros, pelo fato de não possuírem a nacionalidade marfiniana.
Esta unidade nacional foi instaurada devido ao carisma do então presidente da república Félix Houphouet Boigny, venerado como o "velho sábio", que soube, no seu tempo, integrar todas estas tribos entre si e responsabilizá-las pelo desenvolvimento do país. A Costa do Marfim, situada no sul do Sahara, era até pouco tempo um ponto de referência para os outros países da África. Sua estabilidade