Atual

Homero imitou homens superiores. Hegêmon de Taso, o primeiro que escreveu paródia, e Nicócares, autor de Deitada, imitaram homens inferiores. 3
A comédia imita homens piores e a comédia imita os seres melhor do que realmente são. 3
Os primeiros comediantes andavam de aldeia em aldeia por não serem tolerados na cidade; daí a origem do nome kómas (que deriva de aldeia). 4
Homero, poeta do gênero sério. Sua obra se distingue pela feições dramáticas de suas imitações. 4
A comédia é, como dissemos, imitação de homens inferiores; não todavia, quanto a espécie dos vícios, mas só quanto àquela parte do torpe que é ridículo. O ridículo é apenas certo defeito, torpeza anódina e inocente; que bem o demostra, por exemplo, a máscara cômica, que, sendo feia e disforme, não tem [expressão de] dor. 5
Os primeiros poetas cômicos teriam sido Epicarmo e Fórmide, da Sicília, dos atenienses, foi Crates que inventou diálogos e argumentos de caráter universal. 5
A epopeia e tragédia imitam homens superiores; mas difere a epopeia da tragédia, pelo seu metro único e forma narrativa. E também na extensão, porque a tragédia procura narrar aquilo que cabe dentro de um período de sol, ou pouco excedê-lo, porém a epopeia não tem limite. 5
Tragédia

gênero do

era chamados kómas

A percepção carnavalesca do mundo e a literatura carnavalizada

Em Problemas da poética de Dostoiévski (2013), Mikhail Bakhtin nos fala do carnaval como umas questões mais complexas da cultura. Ele aborda o fenômeno num sentido amplo e discute sua essência e raízes profundas desde a sociedade primitiva até a sociedade de classes. Na opinião do autor russo, o carnaval antigo e medieval corresponde a um espetáculo sem ribalta e sem divisão entre atores e espectadores. Ito é, na festa todos participam ativamente em pé de igualdade. O russo afirma ainda não entender o carnaval como uma mera representação da realidade e classifica a ação popular como uma forma de vida paralela. Ou seja, ao lado da vivência “oficial”,