Atuais demandas do serviço social no setor empresarial
No âmbito da produção e no processo de trabalho, as mudanças tecnológicas e organizacionais, têm delineado novas estratégias de gestão e controle da força de trabalho. Assim, o que se verifica é uma nova forma do exercício profissional do Serviço Social nas empresas.
De acordo com Serra (2001, p.171):
Por outro lado, a implantação nas empresas da reestruturação produtiva – a acumulação flexível – pode provocar alterações nos objetivos e inserção do Serviço Social no âmbito empresarial privado, por meio do deslocamento de suas funções, com uma atuação mais em nível gerencial. Isso inclusive por conta da utilização, pelas empresas, da estratégia de redução de custos, a terceirização, que esvazia as políticas sociais empresariais, historicamente a cargo do Serviço Social.
A reestruturação produtiva, tanto nas organizações públicas como nas privadas, vem impondo a todos os trabalhadores, incluindo também a categoria de assistentes sociais, mudanças que trazem repercussões como: precarização das relações de trabalho, ameaça de desemprego, exigências de polivalência, multifuncionalidade, desenvolvimento de novas habilidades, entre outros.
Pesquisa realizada por Serra no Rio de Janeiro 3 , no que se refere à flexibilidade do trabalho, o que demarca basicamente os termos de tal discussão, passa pela redução dos postos de trabalho e o redimensionamento da função dos mesmos.
Com a reestruturação produtiva, ocorre um deslocamento do Serviço Social para a área de recursos humanos, na esfera da assessoria gerencial e na criação dos comportamentos produtivos, ou seja, clima social. Nessa dimensão, Serra (2001) alerta que o deslocamento do Serviço Social, para a área de recursos humanos, pode provocar uma disputa com outros profissionais, que tradicionalmente atuam nessa área, e cita o exemplo do psicólogo.
As políticas de Recursos Humanos reforçam a adaptação do trabalhador às exigências do processo produtivo,