Ato reflexo ao ato aprendido
Ato reflexo ao ato aprendido
O recém nascido tem várias capacidades já nas primeiras horas, dias e semanas de vida; os movimentos que este consegue realizar são involuntários. Alguns desses movimentos são essenciais para a sua sobrevivência como o reflexo de rotação que é estimulado ao tocar a bochecha do bebê, ele imediatamente vira seu rosto para o lado a procura de algo para sugar; encontrando algo sugável, automáticamente é estimulado o reflexo de sucção e deglutição, indispensáveis no ato da alimentação.
Alguns desses reflexos como o reflexo patelar, teste que o médico faz batendo um martelo abaixo da rótula do joelho; o piscar de olhos que é estimulado com o vento ou aproximação de algo nos olhos e o fechamento da pupila, ao ser exposto à claridade continuam presentes mesmo na vida adulta.
Existem também os chamados reflexos primitivos que desaparecem até o sexto mês de vida do bebê, o reflexo de Babinski é um deles, o estímulo é um toque na planta do pé, os dedos do pé se abrem e depois voltam ao estado inicial; assim também acontece no reflexo de preensão que ao tocar a palma da mão da criança, esta agarrará aquilo que estiver tocando-a, já o reflexo de moro, conhecido como o reflexo do susto faz com que a criança abra os braços e arqueie as costas.
O bebê cresce, ocorrendo assim o desenvolvimento e a evolução desses movimentos involuntários para voluntários. No reflexo de marcha, estimulado quando as plantas dos pés do recém nascido toca uma superfície plana, os pés simulam os movimentos da caminhada, mais tarde com o seu desenvolvimento este aprenderá a andar.
Piaget denomina esse processo de esquemas que evoluem e conforme o amadurecimento da criança ela responderá às ações de formas mais complexas.
Os movimentos e ações aprendidas pelos bebês são desenvolvidas de modo mais completo mais tarde através de brincadeiras de faz de conta (lúdicas) e jogos de regras, dependendo do estágio de amadurecimento desta,