Ativo Imobilizado
Francisco Anuatti-NetoI; Milton Barossi-FilhoII; Antonio Gledson de CarvalhoIII; Roberto MacedoIV
IProfessor da Universidade de São Paulo e pesquisador da Fundacão Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). E-mail: fanuatti@usp.br
IIProfessor da Universidade de São Paulo e pesquisador da Fundacão Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). E-mail: mbarossi@fipe.com
IIIProfessor da Escola de Administracão de Empresas de São Paulo da Fundacão Getulio Vargas. E-mail: gledson@fgvsp.br
IVProfessor da Universidade de São Paulo, Universidade Presbiteriana Mackenzie, FAAP-Fundacão Armando Álvares Penteado e pesquisador da FIPE. E-mail: roberto@macedo.com
RESUMO
Sumário: 1. Introdução; 2. O programa brasileiro de privatização; 3. Dados e variáveis; 4. Metodologia; 5. Resultados empíricos; 6. Conclusão.
Este artigo tem seu foco no efeito da privatização sobre as empresas privatizadas no Brasil. A amostra é extensiva incluindo todas as empresas do setor produtivo privatizadas desde 1991, para as quais foi possível encontrar demonstrações financeiras. Examinamos um conjunto de 15 indicadores de desempenho. Por meio de uma análise de dados em painel, foi possível capturar os efeitos da privatização sobre o desempenho das empresas privatizadas, controlando efeitos importantes como flutuações macroeconômicas, regulação, listagem em bolsa, atuação em setores tradable, participação minoritária do governo no bloco de controle e reestruturação anterior à privatização. Detectamos um aumento na lucratividade e na eficiência operacional destas empresas. A perda do suporte financeiro do estado também implica um ajuste financeiro por meio do aumento da liquidez corrente e redução do endividamento de longo prazo. Os efeitos sobre investimento, produção e pagamento de dividendos e impostos são menos claros.
Palavras-chave: privatização; desempenho das empresas