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Luciano: Então venha esse mocinho, que ai está com a senhora.
Eugênio: Eu não sei dançar
Luciano: Deveras!... Não me diga isso, moço; isso é desculpa; falta-nos uma pessoa; venha... Não se faça de rogado.
Eugênio: E deveras; não sei dançar, nunca dancei em dias de minha vida.
Luciano: Então para que vem a estas funções?...
Eugênio: ora essa é boa!... Para ver...
Luciano: Como quem vem aqui ver... Mas ah! Já o estou conhecendo; o senhor não é aquele coroinha, que ultimamente tem ajudado á missa ao vigário lá na vila?
Margarida: é ele mesmo – narrador -, é o filho do Sr. Capitão Antunes.
Luciano: Do capitão Antunes?... Ah!... e o quem ele aqui fazer?... Decerto veio aqui fugido de casa, e há de ser benfeito que o pai lhe passe uma dúzia de bolos, quando souber que já anda metido em súcias...
Narrador.
Margarida: súcias não senhor!... Veja como fala...
Margarida: Este moço foi criado junto comigo, e sempre vem á nossa casa. O pai dele não se importa com isso, e o senhor quem é para lhe vir tomar contas?...
Luciano: Bravo, não pensei que o maganão era tanto do seu peito!... por isso é que a senhora anda tão soberba com os outros!...
Margarida: senhor Luciano!... Narrador
Margarida: não quero!
Luciano: Não quero?... narrador -; Em má hora entrou aqui este fedelho, que veio aqui pôr a senhora assim tão cheia de fidúcias!
Eugênio: O senhor é bem atrevido!... Narrador
Luciano: Como é isso?... faça o favor de repetir se é capaz... – Narrador - olhem a figura de quem quer se empertigar diante de mim!... este fedelho!... este rato de sacristia!... se mi diz mas uma palavra, escovo-lhe aqui mesmo as orelhas...
Pessoa inesperada: Alto lá, senhor – Narrador – Que lucro tira o senhor de estar desfeiteando uma criança?... se lhe puser as mãos é comigo que tem de haver.
Luciano: pronto – Narrador – Mas quem o chamou cá?... porventura o senhor é pai da criança?...
Narrador
Umbelina: Ora! Ora! Com efeito, senhor Luciano! – Narrador –