Atividade Física no controle da Hipertensão Arterial.
(normas, condutas e resultados para prática das atividades.)
A pratica regular de exercício físico conduz a importantes adaptações cardiovasculares, reduzindo a PA sanguínea em indivíduos hipertensos (87,88). Felizmente, sabe-se que 75% dos pacientes hipertensos, que realizam exercício físico regular, diminuem os níveis de PA (89), o que faz com que essa conduta seja considerada importante ferramenta no tratamento da HAS(85,90). Tem sido documentado que o exercicio fisico pode controlar a HAS até mesmo dispensando o uso de medicamentos(90), ajudando a reduzir a dose ou a quantidade de medicamentos anti-hipertensivos(91), aumentando a capacidade funcional e melhorando a qualidade de vida e o prognóstico de doenças (85, 86, 88, 92, 93).
O tratamento não medicamentoso pode reduzir a pressão arterial sistólica de maneira significativa, além de interferir em outros fatores de risco, como redução de peso e maior atividade física, com consequente melhora dos componentes da síndrome metabólica(94).
A atividade física é recomendada para todos os hipertensos, incluindo aqueles sob tratamento medicamentoso, mas nos pacientes com hipertensão estágio 3, sem controle adequado, a indicação é limitada. A atividade física também leva à redução no risco de complicações decorrentes da hipertensão arterial, como doença coronariana, acidentes vasculares cerebrais e mortalidade (95,96).
O impacto da prática regular de algum tipo de atividade física aeróbica tem, talvez, maior relevância nos pacientes com hipertensão arterial limítrofe ou estágio 1 sem outros fatores de risco associados, pois esses podem se beneficiar com a redução dos níveis pressóricos, de magnitude semelhante à promovida por agentes anti-hipertensivos, sem incorrer no aparecimento de efeitos colaterais indesejáveis(96,97). Os dados sugerem que a inatividade física é um fator de risco primário para a doença coronariana, similar a tabagismo, hipertensão