2- Durante séculos, o estudo da Psicologia seguiu fundido ao conhecimento filosófico. A definição de Psicologia como estudo da alma (psique) perdurou durante muito tempo. O estudo da alma foi realizado por diversos pensadores da Antiguidade. Platão, discípulo de Sócrates, procurou definir um lugar para a razão no nosso próprio corpo, sendo este a cabeça, onde se encontraria a alma do homem. A medula seria, portanto o elemento de ligação entre a alma e o corpo. Seu entendimento de uma alma organizada em diferentes níveis antecipa a organização das áreas básicas da psicologia contemporânea, ou seja: sensação, percepção, memória, emoção e cognição. Mostra as dificuldades das relações entre motivação e emoção. Era idealista. Já Aristóteles, discípulo de Platão, postulava que tudo aquilo que cresce, se reproduz e se alimenta possui a sua “psyché” ou “alma”. Desta forma, os vegetais, os animais, e o homem teriam alma. Estudou as diferenças entre razão, percepção e sensação. “Da anima” que pode ser considerado o 1º tratado em Psicologia. Era materialista. Na Idade Média, a doutrina religiosa atuava em todas as relações sociais. O estudo psicológico era indissociável da influência religiosa, levando em consideração a dominação do conhecimento pela Igreja Católica. Durante o medievo, destacaram-se os pensamentos de Santo Agostinho e de São Tomás de Aquino. Para Santo Agostinho, o homem é um ser composto por corpo e alma, é um observador da natureza, possui uma alma fonte de todas as faculdades e é um ser para Deus. Acredita que o mal está no mundo, sendo necessária ao homem a capacidade de avançar no caminho do bem. Para São Tomás de Aquino, o homem possui a plena capacidade de conciliar as necessidades espirituais com as necessidades referentes ao conhecimento, possui uma alma unida ao corpo, é orientado para o mundo natural e valoriza a razão, tendo-a como uma dádiva. Acredita que o mundo é capaz de mostrar a verdade.