Atitude filosófica: uma perspectiva socio-educativa
Sergio Embirussu Barreto∗
Nos últimos tempos temos nos deparado com discursos sobre uma educação voltada para o desenvolvimento do ser humano, bem como sobre o equilíbrio das diferenças sociais e culturais. Vários órgãos internacionais e instituições locais têm empreendido esforços para tal realização. Nesse contexto, apontamos o exemplo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), quando da implementação dos pilares da educação, apresentadas no Relatório da Comissão Internacional de Educação para o Século XXI, a saber: aprender a conhecer, a aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser (DELORS, 1998). O novo referencial de educação e, conseqüentemente, de desenvolvimento humano exige a valorização da autonomia, da elaboração de novos saberes e da criticidade sobre os saberes instituídos, da aplicabilidade desses conhecimentos na vida prática, assim como da socialização entre as pessoas e da compreensão de si mesmo, caracterizando-se como uma atitude filosófica. Pretendemos, dessa forma, tencionar a atitude filosófica na busca da consciência de si, transvalorando e, por que não dizer, ressignificando o pensar educacional como processo de desenvolvimento da consciência do indivíduo como ser-sendo. Propomos, neste ensaio, a contextualização dessa discussão a partir dos estudos de Galeffi (2001; 2003), Morin e Kern (2002), Morin (2002), Freire (1996; 1779; 1987) e Barreto (2005), para fundamentar as relações humanas e a educação numa perspectiva social.
1 Homem especialista hominizado O homem é considerado pela ciência moderna como animal racional, possuidor de racionalização sistêmica, proveniente de sua evolução no decorrer de
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Licenciado em Filosofia pela Faculdade Batista Brasileira, pós graduando em Metodologia do Ensino Superior com Ênfase em novas Tecnologias, Mestre em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social.
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