atendimento inicial ao paciente grave
ABORDAGEM INICIAL DO PACIENTE CRÍTICO
Fernando Goldoni
INTRODUÇÃO
O médico que atende emergências deve ter em mente a importância de estabelecer prioridades no atendimento. O conceito de prioridades envolve desde saber priorizar corretamente quem deve ser atendido primeiro, passando por quais dados de história e de exame físico devem ser procurados antes, até qual a conduta que deve ser feita inicialmente. Nessa abordagem inicial, identificar um paciente potencialmente grave, colher uma história direcionada e fazer um exame físico mínimo é decisivo para se obter um correto diagnóstico.
Alguns achados na história e no exame físico sugerem que um paciente apresenta uma potencial emergência e deve ter o seu atendimento priorizado, porém existem emergências que não apresentam necessariamente esses sinais, quais sejam:
A) Rebaixamento agudo do nível de consciência (queda na escala de coma de
Glasgow > 2 pontos).
B) Alteração importante dos sinais vitais:
- Frequência respiratória (FR) > 26 ou < 8 ipm ou uso de musculatura acessória
- Saturação arterial de oxigênio (Sat O2) < 90%
- Frequência cardíaca (FC) > 130 ou < 40 bpm
- Pressão arterial sistólica (PAS) < 90 mmHg
- Enchimento capilar (EC) > 3 segundos
C) Pacientes com achados potencialmente emergenciais:
- Precordialgia ou dor torácica
- Febre com suspeita de neutropenia
- Suspeita de obstrução de vias aéreas
- Alterações neurológicas agudas - déficits motores, afasias, convulsões, delirium
- Intoxicações exógenas agudas
- Hematêmese, enterorragia ou hemoptise
- Dor intensa
ABORDAGEM INICIAL E ACHADOS CLÍNICOS
No ambiente hospitalar, uma vez identificada uma situação de potencial emergência, o primeiro passo é pedir ajuda, conforme preconizado pelo suporte avançado de viva (ACLS), que consiste em chamar pelo auxílio do enfermeiro e do desfibrilador. Nas enfermarias e nos andares, estes estão disponíveis nos carrinhos de parada. No pronto-socorro, o melhor a fazer é