Atendimento individual
O Serviço Social brasileiro enquanto profissão que despontou das ações da Igreja Católica durante a década de 1930 com forte influência européia, em um contexto de emergência da pauperização da classe trabalhadora, por conta da expansão da industrialização, atuava numa perspectiva de ajuda aos pobres para adequá-los à sociedade, já que a questão social era tida como caso de polícia, e assistencialismo por parte da Igreja e das damas de caridade. A profissão surge para contribuir com a reprodução do modo de produção capitalista e das relações sociais que o sustenta. Com a “divisão” do mundo em dois blocos (socialista e capitalista) após a Segunda Guerra Mundial, há uma disputa de hegemonia entre a antiga União Soviética representando o bloco socialista, e os Estados Unidos representando o bloco capitalista, a tentativa desses países em se legitimarem enquanto potências mundiais influenciaram os demais países no campo ideológico, político, econômico, material e social. No Brasil evidenciou-se a influência norte-americana nesses campos, sendo que essa tendência atingiu também o Serviço Social, cuja presença se fez por meio de técnicas para o agir profissional, fundamentadas na teoria funcionalista, tinham como objetivo contribuir com a prevenção de desajustes sociais, em intervenções de Caso, Grupo e Comunidade. Neste trabalho, abordaremos o atendimento individual em Serviço Social, contextualizando historicamente essa técnica profissional. A principio trabalharemos o Serviço Social de Caso na gênese da profissão, para então, conceituarmos o atendimento individual, com ênfase na sua importância e procedimentos, atentando para o processo de entrevista, considerando a linguagem a ser utilizada e sua relação com o cotidiano profissional. Pela complexidade do tema abordado, para melhor compreensão, utilizaremos como exemplo, o Plano Individual de Atendimento – PIA, que nos dará uma direção para uma análise crítica na perspectiva do