Astecas
A organização social e política da notável sociedade asteca estavam divididas, especialmente, em duas camadas sociais, nas quais se encontram os macehualtins (plebeus) e os pipiltins (nobres); isso espelhando-se no padrão hierárquico estabelecido na cidade de Aztlan, de acordo com o mito de origem desta mesma sociedade.
Embora essa divisão hierárquica fosse bem evidente na sociedade asteca, isso só pôde se confirmar após a libertação de seus indivíduos do poderio de Azcapotzaco.
Foi a partir de então que os pipitins ascender-se-iam socialmente perante os macehualtins, afirmando a sua soberania, uma vez que passariam a ocupar de fato as funções públicas e cargos governamentais e administrativos. Aliás, cabe ressaltar que há, ainda, um componente expressivo para o estabelecimento da organização social dos astecas: os calpulli.
Os calpullis caracterizavam as camadas mais baixas da sociedade, cuja soma de todos os indivíduos dos distintos calpullis constituía a camada social chamada de “macehualtins”. Os calpullis eram, assim, pequenos grupos de origem tribal que estavam vinculados entre si por algum grau de parentesco e que, além disso, possuíam terras cuja utilização era distribuída periodicamente entre os homens casados, como propriedade comum de seus membros.
Ademais, os calpulli possuíam um chefe eleito, o Calpullec, o qual, acompanhado por um conselho, era responsável por dirigir o grupo e pela distribuição de terras. Nesse grupo social, o trabalho era socialmente dividido por gênero. Cabia aos homens dedicarem-se, deste modo, à pesca, à caça, à construção, ao artesanato e à agricultura; já as mulheres cumpriam funções direcionadas às tarefas domiciliares, como a preparação dos alimentos para o consumo, por exemplo.
Tendo em vista que as terras de um calpulli eram uma propriedade comum de seus membros, aqueles que não possuíssem nenhuma poderiam desenvolver o seu trabalho de cultivo nas