Associação livre
INTRODUÇÃO:
Será o paciente analisável? Está ele diante de um problema, cujos dados impressionam pela quantidade e pela diversidade temática incluindo-se aí:
• A higidez ou patologias detectáveis.
• As pressões que, de ordinário, as sessões psicanalíticas exercem sobre o analisando.
• A imprevisibilidade no que se refere à duração do tratamento.
• A dificuldade de se estabelecer com rapidez usando-se as entrevistas preliminares, uma avaliação confiável acerca da personalidade do candidato.
• Outras do mesmo porte quanto a importância dos eventuais efeitos que podem desencadear.
Impondo-se a decisão, optam, via de regra, os analistas pela exclusão dos casos que evidenciem psicoses, esquizofrenias, aceitando aqueles que se enquadrem nos quadros das diversas formas de histeria, neuroses, doenças psicossomáticas e depressões psico-neuróticas e , com algumas precauções, os casos correspondentes as perversões, aos delinqüentes, aos fronteiriços, aos adictos e aos impulsivos.
Contudo uma coisa é certa: por mais que o profissional se cerque de cautelas, nunca se pode dizer que o tratamento se desenvolverá sem surpresas, vez que uma determinada sintomatologia atual pode estar determinando uma grave patologia latente.
Em se falando de Associação Livre na Psicanálise Clássica, para comunicar o material clínico, o paciente tenta, como forma predominante de comunicação usar esse método. Geralmente esse processo começa depois de concluídas as entrevistas preliminares. Nas entrevistas iniciais, o analista pôde chegar a uma avaliação da capacidade do paciente para trabalhar na situação analítica. Parte dessa avaliação consiste em determinar se o paciente em suas funções do ego, dispõe de elasticidade para oscilar entre as funções do ego e das funções mais regressivas do ego, quando estas são necessárias na Associação Livre e entre funções do ego mais maduras, funções estas necessárias à compreensão das intervenções