associativismo

Desenvolvimento em Crise – Ricardo Carneiro

Introdução

Segunda metade dos anos 70: crise da ordem de Bretton Woods; reposta por meio do II PND; derrocada do nacional-desenvolvimentismo.

Anos 80: crise da dívida dos países periféricos e a transferência de recursos ao exterior; crescente desorganização da economia brasileira, incluindo a hiperinflação.

Década de 1990: implantação de políticas de liberalização visando ao estabelecimento de um padrão de crescimento centrado numa nova inserção internacional e na redefinição do papel do Estado, cujos resultados principais foram a estabilidade inflacionária e o baixo dinamismo da economia.

Investigação sobre a razão de uma performance tão díspar entre os vários períodos do último quarto do século XX (esgotamento do dinamismo do capitalismo brasileiro).

1930~1980 (fase desenvolvimentista): vocação para o rápido crescimento (taxas médias de cresc. De 6%) – mercado interno e a estabilidade tecnológica foram os elementos comuns desse processo de crescimento.

1980~2000: declínio da taxa de crescimento para um valor próximo a 2%; afastamento do grupo de países em desenvolvimento dinâmico (embora este período seja caracterizado por uma redução global das taxas de crescimento).

Ocorreu em 2 subperíodos: os anos 80, marcados pela crise da dívida (ruptura do financiamento externo e o pagamento da dívida), e os 90, caracterizado pela reinserção externa da economia brasileira.

Depois de meados dos anos 80, a aceleração da mudança tecnológica é inequívoca. Assim, nos segmentos sob processo de mudança, tornou-se muito mais difícil a internalização dos setores produtivos correspondentes em razão da indisponibilidade de tecnologia e das escalas de produção. Há também, modificações substantivas no padrão de concentração entre os capitais que se refletem no comportamento do IED. De um lado, amplia-se o caráter patrimonial e, do outro, o global sourcing. Ambos acentuam o desequilíbrio de BP dos países