Assistência de enfermagem no tratamento de feridas: estudo bibliográfico
O Programa de Saúde da Família (PSF), implementado em 1994, faz parte da reorganização do Sistema Único de Saúde (SUS) caracterizando-se como estratégia para a conformação de uma rede de cuidados progressivos em saúde no SUS, sendo responsável pela atenção primária e também pela articulação com os outros níveis de atenção, contribuindo para a construção de um sistema de saúde integrado. Dentre suas propostas, em harmonia com o SUS, o PSF está composto por uma equipe, que se propõe interdisciplinar que atua inserida num território específico enfocando: a família, a integralidade do indivíduo, a intersetorialidade do serviço e a participação ativa da comunidade (BRASIL, 1994; 1997).
Assim, o PSF tem o objetivo de contribuir para a reorientação das práticas em saúde, rompendo com o modelo de assistência que prevaleceu tradicionalmente em nossa sociedade: centrado na doença, individualizado e segmentado. Como a intervenção se dá no nível primário de atenção, ele trabalha localmente e, portanto, numa maior proximidade às famílias (BORGES; JAPUR, 2005). O acolhimento e o vínculo são privilegiados e se caracterizam como uma modalidade de intervenção usuário-centrada, incentivada na proposta do SUS, para que se possa estabelecer uma relação interpessoal mais próxima dos usuários em suas demandas. Nesta perspectiva, a saúde é tomada num processo complexo envolvendo múltiplos fatores que podem favorecer ou impedir um estado saudável. Segundo o Ministério da Saúde (2001),
O SUS, como não poderia deixar de ser, está em constante processo de aperfeiçoamento. Por um lado, a promoção da saúde à população nunca deixará de sofrer transformações, pois, como as sociedades são dinâmicas, a cada dia surgem novas tecnologias que devem ser incorporadas para a melhoria dos serviços e das ações de saúde. Da mesma forma, é constante o surgimento de novos agravos à saúde que carecem de novas profilaxias e de novos cuidados. Sob outro aspecto, não