1. INTRODUÇÃO As feridas crônicas são lesões que ocorrem por um distúrbio no estado de equilíbrio tecidual do indivíduo, ocasionando dano estrutural ou funcional local, podendo o tecido lesionado transformar-se em uma lesão reversível ou irreversível e, em função da complexidade do tratamento pode acometer a atividade de vida diária de seu portador (SMELTZER e BARE, 2009). O portador de feridas crônicas passa por conflitos psicossociais, pois as incapacidades relacionadas com feridas crônicas fazem com que esses indivíduos se distanciem progressivamente das perspectivas de recuperação e reabilitação física e emocional. No entanto, a falta de perspectiva para o futuro prolonga e complica o quadro clínico, tornando ainda mais difícil a possibilidade de recuperação física desse cliente. Diante do exposto, observa-se que vários estudos são desenvolvidos com a intenção de modificar esta realidade oferecendo uma melhor qualidade de vida ao portador de ferida crônica. E para que tais objetivos sejam atingidos faz-se necessário a participação de uma equipe multidisciplinar na elaboração do plano de cuidado, onde uma assistência de enfermagem eficaz e contínua é reconhecidamente primordial neste processo. Portanto, compete ao enfermeiro como membro responsável pela equipe de enfermagem o desenvolvimento de mecanismos eficazes de assistência de enfermagem baseado nas necessidades individuais de cada cliente sob seus cuidados. Baseado nesses fatores, a sistematização de assistência de enfermagem é uma ferramenta imprescindível para a realização de um tratamento eficaz na execução dos conhecimentos técnicos científicos, prestando suporte assistencial humanizado que valorize o bem estar físico e emocional do portador. Deste modo, este estudo aborda os conhecimentos científicos a respeito da necessidade de um olhar diferenciado para com os clientes portadores destas lesões, iniciando pelo seu resgate para atenção primária até sua